10 dicas de como conciliar maternidade e vida profissional





Como diz o ditado: “Quando nasce um bebê, nasce junto uma mãe”. E é isso mesmo que acontece. Parece que a mulher de antes não existe mais, ela dá lugar a um novo ser que precisa defender sua cria. É instinto puro e simples. Mas depois de tanta transformação, como retornar à antiga vida? “Nossa sociedade tem pressa. Todos querem que a mãe volte a ser a mesma de antes, que emagreça, volte ao trabalho, se mostre esplêndida... O mundo poderá se transformar, mas necessitaremos sempre de nove meses para gerar, de outros nove para que comecem a se deslocar com autonomia e de longuíssimos anos para que sejam capazes de enfrentar o mundo sem a ajuda dos pais”, explica a psicoterapeuta familiar Laura Gutman, autora do livro A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra.


Muitas mães ao voltarem da licença maternidade caminham frustradas, carregando a maternidade como um fardo e culpando-se por estarem terceirizando os cuidados com os filhos enquanto trabalham em rotinas estressantes. Pensando nisso, a psicóloga Cristina Toledano, especialista em coordenar grupos de mulheres no pós-parto, enumerou algumas dicas para levar de forma saudável as duas áreas da vida. Veja abaixo:


1. É importante que você se permita viver essa confusão de sentimentos. As duas dimensões, a do trabalho e a da maternidade, são importantes, e por isso merecem atenção. Só assim é possível identificar o que é fundamental e fazer as escolhas desejáveis e possíveis.

2. Ideais do que é ser uma “boa mãe” e uma “boa profissional” são ruins porque podem impedir ou dificultar que você faça escolhas próprias e criativas, geram culpas paralisantes, porque é impossível atingi-los, e você sempre se sentirá em dívida consigo mesma, com o filho e com os outros.

3. A experimentação pode fazer parte do processo. Às vezes um lado precisará ser privilegiado para ser conhecido. Foque no trabalho, sinta como você reage. Depois, faça o mesmo com os filhos. Assim, é possível, a partir da experiência concreta, buscar o equilíbrio.

4. Tenha clareza dos seus limites e os assuma. Nem tudo vai poder ser cuidado e executado à perfeição. Se forem coisas importantes que são difíceis de sustentar, peça ajuda para um familiar ou uma babá para cuidar dos pequenos, ou delegue algumas funções no trabalho.

5. Não desconsidere a culpa, mas cuide para que ela não a paralise ou que se arraste. A culpa é um sinalizador do que é importante ser cuidado por nós. Nesse sentido, ela pode ser nossa aliada, ao ser a força que nos leva às mudanças necessárias. A culpa que paralisa ou que se arrasta é fruto de idealizações e da dificuldade em reconhecer os próprios limites.

6. Trabalhar é cuidar e cuidar é trabalhar. É importante lembrar que, além da questão financeira que vai permitir (ou ajudar) o sustento da criança, trabalhar pode ser realizador para a mulher. Nessa hora, a máxima “mãe feliz, bebê feliz” faz todo sentido.

7. Qualidade vs. quantidade. Não é o número de horas com o bebê ou o volume de trabalho que determina a qualidade da relação ou da realização. Muitas vezes, menos horas mais bem-vividas com os filhos podem ser mais significativas e menos volume de trabalho pode significar mais produção.

8. Organizar e expressar. Se estiver difícil fazer uma escolha entre ficar em casa cuidando dos filhos ou voltar ao trabalho, uma listinha mental ou escrita de prós e contras de cada um pode ajudar bastante nessa reflexão.

9. Preservar-se das opiniões alheias pouco construtivas. O anúncio de uma possível mudança na vida deixa não só nós mesmas inseguras, mas as pessoas ao nosso redor também. Gente próxima ou os “palpiteiros” podem deixar esse processo de escolha pessoal mais sofrido e difícil, portanto, compartilhe apenas com quem possa ajudar.


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